Características | Fabricação | Descrição dos processos de produção | Defeitos usuais de grampos e pinos
 
 
CARACTERÍSTICAS

       As características que diferenciam os inúmeros tipos de grampos são as seguintes:
1) Largura da coroa ( H );
2) Largura do arame após laminado ( J );
3) Espessura do arame após laminado ( K );
4) Comprimeto da perna ( L );
5) Tipo de ponta;
6) Material;
7) Acabamento.

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5) TIPO DE PONTA

a) Ponta "A" (ponta reta) Utilizada em madeira muito resistente e para chapas de aço de pequena espessura.

b) Ponta "B" (ponta punção) É a mais comumente utilizada para madeira; depois de penetrar, fecha um pouco as pernas.

c) Ponta "C" (ponta aguda inferior) Quando penetra abre as pernas, sendo necessário a colocação de uma chapa de metal para que essa abertura ocorra rebatendo a ponta do grampo em materiais de pequena espessura.

d) Ponta "D" (ponta aguda exterior) Quando penetra, fecha as pernas, sendo necessário a colocação de uma chapa de metal para que esse fechamento ocorra rebatendo a ponta do grampo em materiais de pequena espessura.

e) Ponta "F" (ponta divergente) Quando penetra, as pernas adentram divergindo uma para frante, outra para traz. É a ponta que proporciona a melhor fixação.

f) Ponta "M" (ponta piramidal) Quando utilizada contra um apoio de aço, provoca retorcimento das pontas (em forma de pirâmida).

g) Outras pontas ("K", "G", "H") não são muito utilizadas no Brasil.

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6) MATERIAL

     O material mais utilizado na produção de grampos é o arame de aço, conforme ja discutimos anteriormente, com diversos tipos de tratamento superficial, além de outros abaixo relacionados, cuja aplicação e utilização é bastante restrita.

"A" - Aço carbono galvanizado (de cor prateada);
"B" - Latão;
"C" - Aço carbono cobreado (de cor amarelada);
"D" - Aço inoxidável;
"E" - Alumínio;
___ - Aço carbono polido.

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FABRICAÇÃO

     A produção é realizada a partir de arame trefilado redondo, que atenda as características físico-quimicas e dimensionais para cada tipo de grampo a ser produzido, especialmente diâmetro, resistência a tração e tratamento superficial com suas devidas tolerâncias.
     Trefilação: processo industrial no qual se reduz o diâmetro do produto inicial (fio máquina) que é produzido na siderúrgica, com diâmetro aproximado de 1/2", até o diâmetro do arame utilizável na produção do grampo desejado, no qual várias etapas devem ser observadas, reduzindo-se gradativamente este diâmetro e realizado recozimento do material quando necessário, a fim de obter as características metalográficas adequadas ao seu uso.
     Laminação: processo de achatamento diâmetral da seção transversal do arame, pela pressão de dois rolos, que transformam a seção circular em seção composta retangular com dois lados arredondados. A laminação pode conferir características completamente distintas entre dois grampos produzidos com o mesmo arame, alterando-se a largura e espessura do grampo.
     Dureza: caracteristicas do arame, representada pelo teor de carbono existente no aço de qual é fabricado o arame, conferindo-lhe maior ou menor dutilidade do seu manuseio.
     Resistência a tração: consequência direta da dureza, reflete a resitência a tração por mm² de seção transversal de arame, a partir da qual ocorre o ponto de escoamento do material.
     Processos de produção: existem basicamente dois processos de produção de grampos utilizados modernamente, os quais possuem variações devidas ao desenvolvimento individual dos fabricantes, que são:
  a) Processo monofio: seu nome ja define que é realizado com um único arame por vez, ocorre a formação de um grampo por pancada na máquina. Atualmente parte das máquinas em operação ja passou a produzir com dois, três e até cinco fios, produzindo até cinco grampos por pancada, mas o processo continua a ser chamado de monofio.
  b) Processo multifio: os equipamentos muito mais sofisticados produzem um pente inteiro de grampos por pancada, o que significa uma produção muito maior num mesmo período de tempo, geralmente com um padrão de qualidade muito melhor que o sistema anterior.

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DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO

     Monofio: No processo monofio, o arame que é recebido em rolos da trefilaria, é colocado em desembobinadores, seguindo para o endireitador nas duas direções, passando em seguida pelo laminador, após o que é formado o grampo sobre o trilho. Após cada grampo formado, o último grampo é empurrado para frente, abrindo espaço para que o grampo seguinte possa ser formado naquele local. No trilho ao longo do qual são formados os grampos, existe colador, que aplica cola pelo lado externo do grampo, até o ponto de perna que seja necessário para garantir uma boa fixação. Na ponta do trilho, sobre o qual é formado e colado o grampo, existe um cortador de pentes, que determina o tamanho do pente de grampos que se deseja produzir, cortando o pente sobre o trilho no ponto desejado, passando então para a embaladora, que acondiciona os grampos nas embalagens.
     Multifio: O processo multifio, funciona de modo inverso ao processo monofio, pois a laminação de arame é feita dependendo do processo, antes de entrar na máquina, ou no início do processo, quando os rolos de arame são colocados em dispositivos próprios para serem juntados e colados, formando-se um rolo de chapa de arames colados lado a lado, a qual é drobrada e cortada nas dimensões adequadas a cada tipo de grampo, por máquinas de diversos tipos, que na verdade, produzem um pente de grampos por pancada, com quantidade variável de grampos por pente, de acordo com o tipo de grampo.

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DEFEITOS USUAIS DE GRAMPOS E PINOS

     Pode-se afirmar que 75% dos problemas atribuidos a gampos, tem outras origens, mas vamos analizar os principais defeitos que podem ocorrer em grampos.
     É importante que o pente de grampos possa se movimentar livremente em todo o comprimento do trilho, não apresentando portanto fricção. Muitas vezes os grampeadores estão sendo operados muito rapidamente, o que exige tempo de frações de segundo para que o grampo seguinte seja posicionado sob a lâmina para novo ciclo.
     Caso o grampo não seja posicionado adequadamente, haverá um desgaste acelerado em varias partes do grampeadoro que causará paralização do grampeador, excessivo desgaste das peças e insatisfação do cliente.
     A maioria dos problemas são causados por:

  • Carregamento inadequado;
  • Desgaste mecânico das peças afetadas;
  • Suprimento de ar inadequado;
  • Uso do grampo inadequado.


     Os defeitos mais comuns encontrados em grampos são os seguintes:
  • Grampos Inclinados;

     Pente de grampos tendo uma perna levemente para frente ou para traz, provocarão excessivos engripamentos de grampos no bico. A perna do grampo que se encontra em ângulo é apanhada pela lâmina do grampeador e expulsa através do bico, havendo necessidade de abertura do mesmo.

     Pente de grampos onde as duas pernas estejam para frente, a lâmina vai atingir as pernas do grampo sem apanhar a coroa do grampo, podendo provocar o engripamento no bico, no caso de inversão do pente onde as duas pernas fiquem colocadas para traz, a lâmina ao atingir a coroa, não conseguirá expulsar o grampo pelo bico que ficará travado.

  • Barra de grampos fechada;

     Este problema pode ser detectado quando o pente esta sendo carregado no trilho. O pente pode não se encaixar na posição durante o carregamento ou os grampos não deslizam sem atrito em todo o comprimento do trilho. Poderá ser verificado a condição de "grampos fechados" medindo a largura da coroa assim como a largura da base das suas pernase este estar menos. As medidas devem ser iguais.

  • Barra de grampos aberta;

     Situação identica a anterior, onde a medida da largura da base das pernas é maior que a largura da coroa e pode ser ocasionada pela dureza do arame que se esta utilizando, que depois de formar o grampo, por um "efeito mola" (springback), abre a perna em um ou mais grampos do pente dando uma aparencia irregular devido a este deslocamento, ou mesmo quando a regulagem da máquina faz com que o grampo não seja completamente formado, originando um pente completamente aberto.

  • Barra de grampos com excesso de cola ou resina;

     O pente de grampos não se encaixa na posição durante o carregamento, devido ao acúmulo de cola ou resina nas pernas.

  • Raio de dobra muito grande;

     Defeito provocado por desgaste ou desregulagem da máquina de produção.

  • Variação no comprimento das pernas;

     Ocorre em função do patinamento do arame na máquina de produção em alguns grampos, que ao serem utilizados frequentemente não são aplicados pelo grampeador, pois uma das pernas chega a madeira antes do que a outra, fazendo com que o grampo dobre. Em máquinas monofio que trabalham com mais de um arame, pode-se ter grampos com variação de comprimento de pernas muito pequenas (escadinha), onde pode-se inclusive verificar com quantos arames a máquina estava trabalhando, pois é visível em um dos lados do pente o corte irrgular das pernas dos grampos que se repete clinicamente. Raramente esta situação cria dificuldades ao uso do grampo, pois as diferenças são muito pequenas.

  • Grampos com coroa marcada;

     Pode ocorrer a quebra do grampo junto a coroa no momento da aplicação, quando a coroa encontra-se muito marcada pela bigorna que faz a dobra do arame.

  • Grampos com coroa fora de medida;

     Grampo cuja a coroa por problema na produção, tem a coroa alterada. Com certa frequencia, aparecem problemas em clientes que tentam utilizar grampos inadequados aos equipamentos, especialmente qundo as diferenças entre eles são muito pequenas.

  • Barras quebradas;

     Somente podemos considerar "barras quebradas", se sua divisão e frequencia sejam exageradas, conforme normas de embalamento.

  • Laminação fora de medida.

     Quando por erro se utiliza de uma laminação inadequada (excesso de laminação, faz com que o grampo fique mais largo e mais fino e laminação deficiente, faz com que o grampo fique muito estreito e muito grosso) ao grampo que se esta produzindo, este pode não se ajustar com perfeição ao equipamento ao qual se vai utilizar provocando engripamentos no bico.




     Os defeitos mais comuns encontrados em pinos são os seguintes:
  • Barras com pinos inclinados;

     Pente de pinos onde exista inclinação para frente, a lâmina vai atingir as pernas do pino sem apanhar a coroa do pino, podendo provocar o engripamento no bico, no caso de inversão do pente onde exista inclinação para traz, a lâmina ao atingir a coroa, não conseguirá expulsar o pino pelo bico que ficará travado.

  • Laminação fora de medida;

     Quando por erro se utiliz de uma laminação inadequada (excesso de laminação, faz com que o pino fique mais largo e mais fino e laminação deficiente, faz com que o pino fique muito estreito e muito grosso) ao pino que se esta produzindo, este pode não se ajustar com perfeição ao equipamento ao qual se vai utilizar provocando engripamentos no bico.

  • Barras quebradas;

     Somente podemos considerar "barras quebradas", se sua divisão e frequencia sejam exageradas, conforme normas de embalamento.

  • Barras com excesso de cola ou resina;

     O pente de pinos não se encaixa na posição durante o carregamento, devido ao acúmulo de cola ou resina nas pernas.

  • Rebarbas nas pontas;

     Rebarbas ocosainadas pela faca de corte sem fio, que geram deslocamento ne direção de aplicação e até engripamentos no trilho do pinador.

  • Barra de pinos abauladas;

     Geradas pelo não endireitamento adequado do arame, provocando geralmente dificuldade do pente correr no trilho do pinador.


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